Brasil é referência mundial em transplantes de órgão

  • Por Jovem Pan
  • 28/09/2019 10h36 - Atualizado em 28/09/2019 12h28
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Rogério Santana/GERJ Rogério Santana/GERJ Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos não há nenhuma declaração necessária para que a pessoa se torne doadora, basta ela querer

A doação de órgãos é um dos atos mais nobres que um ser humano pode ter. É ter possibilidade de salvar vidas, dando a oportunidade de outra pessoa continuar vivendo. E é contando e mostrando histórias reais que o Brasil pode consegui ainda mais doadores.

Quando nasceu, Patricia Fonseca mal tinha expectativa de vida. Hoje ela é triatleta. “Eu cresci dentro de hospitais, rodeada de médicos, fazendo exames. E sempre lutei muito pela minha vida, nasci com um coração muito fraco. Porém, eu nunca imaginei que o ‘sim’ de uma pessoa para a doação de órgãos pudesse transformar tanto a minha vida.”

“Eu queria apenas estar viva e poder viver as coisas normais, mas eu recebi o positivo de uma família no dia do meu aniversário e isso mudou minha vida completamente”, completa Patrícia.

O Brasil é referência mundial na área de transplantes de órgãos. No estado de São Paulo, por exemplo, só em 2019, já foram realizados mais de 4 mil transplantes. Um desses foi a irmã de Mailde, que doou 10 órgãos assim que ela faleceu.

“A minha irmã faleceu há 10 meses. A gente, em um dia de domingo pelo almoço, ela expressou que queria ser doadora de órgãos. Infelizmente ela teve um aneurisma e não conseguiu se recuperar, então quando os médicos vieram conversas conosco foi muito fácil tomar a decisão.”

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos não há nenhuma declaração necessária para que a pessoa se torne doadora, basta ela querer e informar a família.

O ministro da Saúde interino, João Gabbardo, diz que o objetivo da campanha é sensibilizar as pessoas para que autorizem os transplantes depois de uma morte encefálica. “Muitas famílias ainda pensam que, ao dizer que são doadoras de órgão, vão interromper os tratamentos. Ao detectar uma morte encefálica, não existe a menor possibilidade dessa pessoa continuar vivendo.”

A única forma de ser um doador pós-morte é discutir o assunto, em vida, com os familiares, já que só eles devem e podem autorizar a doação. Já no caso da doação de órgãos em vida, é permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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