Brasil passa a ter malha aérea mínima a partir deste sábado

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2020 07h20
Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo Aeroporto de Guarulhos Três principais companhia aéreas do Brasil vão manter suas atividades

A partir deste sábado, a nova malha aérea começa a operar no Brasil após o setor ter sido um dos mais prejudicados pela pandemia causada pelo novo coronavírus.

Segundo a Agência Nacional de Aviação, as três principais empresas aéreas do país – Gol, Azul e Latam – vão manter os voos em todas as 27 capitais do país e mais 19 cidades.

Serão 1.241 voos semanais até o fim de abril, quando uma nova avaliação será feita. Essa operação é 91% menor em comparação com o mesmo período de 2019, quando cerca de 14 mil e 700 viagens eram realizadas semanalmente, atendendo 106 localidades.

Mas por causa da redução drástica de voos com o aumento gradativo dos casos de infectados em todo o país, havia o risco de uma paralisação total do serviço.

O objetivo da nova malha aérea é manter, além da circulação emergencial de pessoas, o transporte de saúde, com equipamentos, medicamentos e órgãos para transplante.

A manutenção dos voos também atende a preocupação do Governo Federal de manter o país integrado, garantindo que nenhum estado fique sem ao menos uma ligação aérea.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, “as companhias vão continuar queimando dezenas de milhões de reais de caixa, pois mesmo com a redução da malha a ocupação das aeronaves continuará baixa. Por isso, o setor necessita que sejam disponibilizadas linhas de crédito para que as empresas possam suportar os próximos meses”.

O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, teve apenas 42 operações na última quinta-feira. Segundo a Infraero, a partir do dia 1º de abril, a Latam deve ser a única empresa a funcionar no terminal paulistano, que chegou a realizar 551 voos diários em março.

*Com informações da repórter Letícia Santini

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.