Brasil tem 7 mil piscinas de água potável jogadas fora por dia, diz presidente do Trata Brasil
O Instituto Trata Brasil divulgou uma pesquisa inédita nesta quinta-feira (4) que mostra o nível da perda de água potável no Brasil. Ao todo são 7 mil piscinas olímpicas do recurso jogado fora por dia antes mesmo de chegar a casa dos brasileiros.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, o presidente-executivo do Instituto, Edison Carlos, ressaltou que essa perda ocorre por mau uso e ineficiência das empresas fornecedoras do serviço e tem impacto ambiental, econômico e social.
“Ambiental porque é preciso tirar mais água da natureza para cobrir o que foi perdido. Econômico porque a empresa não recebe pela água perdida. E social porque quem fica primeiro sem água são os mais pobres, os que moram em lugares mais carentes.”
De acordo com Edison, a piora na perda de água potável nos últimos anos é um indicador importante levando em conta a meta de levar o saneamento básico para todos até 2033. No Brasil, pelo menos 35 milhões de pessoas ainda não tem acesso à água tratada.
A falta de conscientização também é um problema que contribui para esse número. “A gente aprende na escola que a Terra é o ‘Planeta Água’, mas não aprendemos que a Amazônia concentra 70% da água doce disponível. Então parece que a água nasce na torneira e podemos usá-la da forma que bem entender.”
Um novo Marco Regulatório do Saneamento Básico está em tramitação no congresso nacional. Com ele, buscasse mais capital privado e maior competição no setor para que a quebra do monopólio seja permitida e problemas como esses possam ser evitados através de mais recursos e monitoramentos.
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