Brasil vai a Davos mostrar ‘patrimônio de realizações’, afirma Marcos Troyjo

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2020 09h33 - Atualizado em 20/01/2020 09h49
Marcos Troyjo - twitter O secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais lembrou que, em 2019, o governo foi para Davos com apenas 3 semanas de governo

O Brasil é um dos destinos mais atraentes para investimentos no mundo nesse momento. É assim que avaliou nesta segunda-feira (20), o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Troyjo adiantou o que o Brasil pretende apresentar no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que começa na próxima terça-feira (21).

Ele lembrou que, em 2019, o governo foi para Davos com apenas três semanas de governo. “Na época fizemos um plano de voo. Falamos da reforma da Previdência, privatização, previsão de melhorias, abertura comercial. Agora a gente volta tendo um patrimônio de realizações em cada uma dessas frentes.”

De acordo com ele, isso mostra capital político e capacidade de realização do governo. “Com o conjunto de reformas (Previdência, tributária e administrativa) e privatizações a gente refaz o mais ambicioso e abrangente processo de transformação estrutural. Isso é muito importante.”

Marcos ressaltou que o Brasil está “nadando contra a corrente” diante de uma escassez geral de oportunidades lucrativas e viáveis.

Mercosul X UE

O secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais lembrou da dimensão do acordo entre Mercosul e União Europeia — assinado em junho de 2019 — e ressaltou as portas que ele deve abrir nos próximos anos.

“Ele demora para passar a valer, mas os impactos podem ser sentidos desde agora. Se você for uma empresa estrangeira que considera investir no Brasil, sem o acordo o teto de explorar oportunidades é pequeno. Na medida que o Brasil se associa à UE, através do Mercosul, a empresa em questão pode acessar também o conjunto de maior economia do mundo.”

Troyjo ressaltou a importância do “jogo de espelhos” gerado por isso. “O contato com a União Europeia deixa os norte-americanos interessados; com isso, o Japão também mostra interesse. É muito importante porque agora vamos em busca do tempo perdido.”

OCDE

Marcos Troyjo reconheceu a importância dos Estados Unidos indicar apoio prioritário ao Brasil na entrada para a OCDE.

“Os EUA são a maior economia do mundo em termos de Estado, portanto ele tem uma voz diferenciada no âmbito da OCDE. Em um passado recente, a principal resistência deles com o Brasil era o governo.”

Para ele, agora, “graças ao Bolsonaro” o Brasil tem apoio. “O país está aberto para cooperação legítima que respeite a soberania nacional”, declarou. “Chegamos em Davos com um endosso importante que vai gerar efeitos concretos.”

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