Brasileira completa 32 dias de quarentena na Itália: ‘Não subestimem o coronavírus’

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2020 09h48 - Atualizado em 23/03/2020 09h53
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EFE/EPA/Filippo Venezia Ambulância chega ao hospital Humanitas Gavazzeni durante pandemia de coronavírus na cidade de Bergamo, na Itália, em 21 de março de 2020

Moradora há 1 ano e quatro meses de Bérgamo, na Itália, a paulista Ketty Lucao completou 32 dias de quarentena. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta segunda-feira (23), a administradora de dados alertou os brasileiros para não subestimarem a letalidade do coronavírus.

“Não subestimem [o vírus], não caiam no mesmo erro que a Itália caiu. No começo, todos pensaram que era só uma gripe, mas é mais do que isso. Se cuidem, cuidem de suas famílias, fiquem em casa. O foco agora é cuidar da saúde e não fazer comparações com a dengue, com a H1N1”, disse.

Ela relembrou como o país reagiu após o registro dos primeiros casos da doença na região. “Tudo isso começou quando dois turistas chineses chegaram à Itália no final de janeiro, mas a princípio para a gente era algo muito distante. O italiano não acreditava que era possível a doença chegar aqui. Mas em 21 de fevereiro, quando o primeiro italiano se infectou, todo mundo começou a ficar mais preocupado.”

Ketty também contou como está a rotina em uma das cidades mais afetadas pelo coronavírus no país. “A rotina acho que mudou igual no Brasil. Metade das pessoas acredita [na pandemia] e metade, não. Uns aproveitam da situação para lazer e outros ficam em casa preocupados.”

A paulista disse que está trabalhando remotamente e, por morar sozinha, não tem contato direto com outras pessoas. “Estou em casa literalmente trancada. Não tenho contato com as pessoas, só vou ao mercado.”

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