‘China mostra o estágio futuro que EUA e Brasil vão ter que adotar’, diz brasileiro em Pequim
O jornalista brasileiro Rafael Lima, que mora em Pequim, na China, acredita que o país começa, embora com cautela, a retomar a vida normal após ser o epicentro da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele contou como o combate rígido fez com que o número de casos de transmissão local chegasse a zero.
“Estamos com perspectivas boas, segundo dia consecutivo com zero casos de transmissão local na China, foram 77 casos e todos identificados no aeroporto de entrada. Basicamente a transmissão local foi combatida com sucesso. O foco agora é impedir que a doença volte em nova onda de casos importados”, explicou.
De acordo com Rafael, as medidas de precaução continuam sendo tomadas, mas “a vida começa a dar sinais de voltar ao normal”: “Empresas agora começam paulatinamente, começam a chamar funcionários, com bastante cuidado, com número máximo de funcionários, medição de temperatura, rodízios entre trabalhadores. O foco é que a vida econômica volte ao normal.”
Rafael destaca, no entanto, que a vida agora tem “uma nova normalidade”, com uso de máscaras, sem aglomerações, transporte público com restrição ao número de passageiros e medidas de precaução ainda em vigor.
O jornalista analisou que o mundo, em breve, deve passar pelo o que a China vê hoje: “muito tempo fechado não tem como os países ficarem, a China mostra o estágio futuro que os EUA e o Brasil vão ter que adotar; primeiro, o combate interno da doença, e, segundo, evitar uma nova onda de infecção vindo de fora e aeroportos focados na prevenção.”
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