Britânicos ampliam testes de coronavírus; há 14 casos suspeitos
Aqui em Londres a semana termina nublada, carrancuda, com termômetros marcando sete graus em Westminster. A tensão causada pelo coronavírus ao redor do mundo vai crescendo conforme as notícias vindas da China se espalham. Aqui na Europa ainda não foram identificados casos da doença, mas ainda assim o assunto domina o noticiário e os governos reagem ao alerta.
As autoridades de saúde do Reino Unido confirmaram que 14 pessoas estão sendo examinadas por aqui. Todas estiveram em Wuhan e apresentaram algum dos sintomas relacionadas ao vírus, como febre e falta de ar. Cinco casos já foram descartados e o gabinete do primeiro-ministro Boris Johnson insiste que os exames são puramente uma precaução.
Enquanto isso, as medidas de restrição de viagens e circulação de pessoas vão sendo ampliadas quase que diariamente. Com mais de 10 milhões de habitantes, Wuhan está sem transporte público e os trens e aviões que deixam a cidade foram cancelados.
A região é considerada como a Detroit chinesa por abrigar grandes montadoras de veículos. Wuhan tem capacidade de produção anual superior a dois milhões de veículos. Para colocar em perspectiva, isso é quase tudo o que Brasil inteiro comprou de carros novos no ano passado.
Logo, há uma expectativa de impacto na economia chinesa trazida por esta questão de saúde já que as medidas de restrição se espalham pelo país.
Os chineses celebram o ano novo do calendário lunar, um dos feriados mais importantes do país, com muitas limitações de viagens. Atrações como a cidade proibida em Pequim e a Disney de Xangai estão fechadas temporariamente.
Mais de 800 casos de coronavírus já foram confirmados globalmente com 26 mortes na China até agora.
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