Britânicos discutem criação de passaporte da vacinação contra Covid-19

A proposta é que o documento seja adotado após o fim do isolamento social; empresas aéreas já informaram que devem solicitar o comprovante de imunidade

  • Por Ulisses Neto
  • 24/02/2021 11h51
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EFE/EPA/FACUNDO ARRIZABALAGA Homem com máscara de proteção em local público do Reino Unido O gabinete de Boris Johnson deve dar o poder para que empregadores possam exigir comprovante de vacina de seus funcionários

Os britânicos contando os dias para o fim do isolamento social para o país, marcada para 21 de junho. A proposta de reabertura econômica e do fim das restrições e medidas de quarentena só foi possível porque a vacinação contra a Covid-19 segue em ritmo acelerado. No entanto, mesmo com as doses dos imunizantes da AstraZeneca e Pfizer sendo oferecidas para toda a população, ainda será preciso controlar quem está, ou não, imunizando. Dessa forma, o Reino Unido vem discutindo a criação de um passaporte da vacina, que deve se exigido em diversas ocasiões após o fim do lockdown. Empresas aéreas já afirmaram que vão solicitar o documento, assim como casas de espetáculos e até pubs também consideram a adoção.

O gabinete do primeiro-ministro, Boris Johnson, deve, inclusive, dar o poder para que empregadores possam exigir comprovante de vacina de seus funcionários. Johnson chegou a levantar o ponto que alguns libertários podem se opor ao esquema. Mas ele lembrou que o passaporte da vacina pode se tornar inevitável diante da nova realidade. O entendimento é que, assim como um indivíduo tem o direito de se recusar a tomar a vacina, o dono de um estabelecimento também pode se negar a atender ou empregar quem não for imunizado. A ideia do governo é utilizar o aplicativo sistema de saúde britânico para armazenas as informações de quem for vacinado. Outro destaque é que a AstraZeneca anunciou que irá entregar menos da metade das doses prometidas para União Europeia para segundo semestre desse ano. O laboratório com dificuldade na linha de produção e o bloco pretende vacinar 70% da população adulta até o meio do ano, o que pode não ser alcançado pelos atrasos dos fornecedores.

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