Bruno Covas admite que falta de combustível pode afetar coleta de lixo em São Paulo
Os caminhoneiros entraram nesta quinta-feira (24) no quarto dia de manifestações contra o preço elevado dos combustíveis. A paralisação tem provocado desabastecimento de combustíveis e de alimentos em diversos estados.
Em São Paulo, por exemplo, serviços essenciais como coleta de lixo e transporte público podem sofrer racionamento ainda nesta quinta-feira.
De acordo com o prefeito Bruno Covas, a administração está monitorando os níveis de combustíveis das frotas de ônibus e caminhões de lixo desde quarta-feira. Segundo ele, as empresas concessionárias dos ônibus encontraram uma foma alternativa durante a madrugada para o abastecimento e estão com as frotas nas ruas, porém, o prefeito admite que pode acontecer um racionamento ainda nesta quinta-feira (24) para garantir o pleno funcionamento às 17h, no horário de pico.
A coleta de lixo está garantida nesta quinta, porém pode sofrer racionamento na sexta (25). “Haveria a possibilidade de já hoje ter racionalização, mas garantirmos 24 horas dos caminhões de lixo”, diz. Ao final do dia, a prefeitura emitirá um novo balanço da situação. “Mas precisamos ser francos, esse impacto pode acontecer”.
Ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo encaminhou uma nota à Prefeitura de São Paulo alertando a possibilidade de o transporte público da cidade ser afetado pela falta de combustível. Segundo o SPUrbanuss, das 14 empresas concessionárias associadas, oito já estavam com reservas comprometidas.
Além das empresas concessionárias, outras 12 empresas permissionárias operam em São Paulo. O transporte público na capital conta com aproximadamente 14 mil ônibus, que percorrem cerca de 4 mil quilômetros e é utilizado por 6 milhões de passageiros por dia. Mensalmente são necessários aproximadamente 40 milhões de litros de combustível para abastecer os ônibus.
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