Cada voto é essencial para definir futuro do Governo Temer

  • Por Jovem Pan
  • 02/08/2017 10h52 - Atualizado em 02/08/2017 11h36
Brasília- DF 22-09-2016 Presidente Temer, governador de pernanbuco, Paulo Câmara e ministro da educação, Mendonça Filho, durante Cerimônia de Lançamento do Novo Ensino Médio Palácio do Planalto. Foto Lula Marques/Agência PT Lula Marques/Agência PT Se forem menos de 172 votos favoráveis a Temer, incluindo abstenções e ausências, a denúncia avança ao STF e o presidente é afastado por 180 dias

Para quem ainda está perdido com tantos números para a votação prevista para esta quarta-feira (02) na Câmara, eu traduzo aqui o significado deles.

De modo esquemático, se Temer conseguir 308 votos ou mais, o Governo consolidará a base aliada para aprovar até mesmo a reforma da Previdência, porque 308 votos são o mínimo necessário para a aprovação dela.

Se forem de 257 a 307 votos pró-Temer, ainda haverá governabilidade suficiente para tocar outros projetos do Governo, como reformas menos complexas que as da Previdência.

Se forem de 172 a 257 votos pró-Temer, restará a dificuldade de votar agenda econômica mínima no Legislativo e de manter o apoio de empresários e do mercado ao presidente.

Se forem menos de 172 votos favoráveis a Temer, incluindo abstenções e ausências, a denúncia avança ao STF e o presidente é afastado por 180 dias do cargo, ao qual só retornará se for absolvido ou se não for julgado pelo Supremo neste prazo.

Como até a socialista Luciana Genro sabe, a opção do afastamento de Temer não é a preferida do PT e de Lula, tanto que o governador da Bahia exonerou dois secretários estaduais para que eles ajudem a barrar a denúncia contra Temer na Câmara.

Assim como Dilma Rousseff foi o poste nacional de Lula, Ruy Costa é o poste baiano do ex-ministro Jaques Wagner, um dos principais aliados de Lula. Então é como se Lula estivesse votando a favor de Temer.

No Governo, Temer pode fazer o trabalho sujo no lugar de Lula atuando para melar a Operação lava Jato, desgastando-se sozinho com isso e sangrando até 2018. Sangramento que Lula poderá explorar na campanha eleitoral em benefício do PT ou próprio, se não for preso ou considerado ilegível até lá.

Os votos de Lula devem ter sido os que saíram mais barato para Temer.

Assista ao comentário completo de Felipe Moura Brasil:

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