Caixa Federal corta juros no crédito imobiliário e vai renegociar dívidas de 600 mil famílias
A Caixa Econômica Federal anunciou a redução de juros para a compra da casa própria, a renegociação de parcelas em atraso e o lançamento de um crédito imobiliário atrelado ao IPCA e não à TR como acontece normalmente.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, garante que o foco do banco continua sendo a baixa renda, mas ressaltou que o entendimento atual é que as taxas de juros não precisam necessariamente ser diferenciadas.
A boa notícia para quem tem parcelas em atraso do financiamento habitacional é que as regras para a renegociação estão muito mais camaradas. Podem renegociar imediatamente os contratos quem tem entre duas e três parcelas em atraso, mas também quem já foi notificado do início do processo de retomada do imóvel. Basta ir a uma agência da Caixa e renegociar a dívida.
414 mil famílias têm prestações atrasadas, que somam R$ 10 bilhões, numa carteira que ultrapassa os R$ 450 bilhões. 111 onze mil famílias têm poucas prestações em atraso. 51 mil famílias com atraso superior a 180 poderão ter a dispensa do pagamento de juros e multa. Já cerca de 15 mil famílias estão em vias de perder o imóvel. Segundo o presidente da Caixa, a renegociação vai beneficiar a todos.
Para ter quase que um contrato novo, é preciso pagar 1 prestação e a dívida é incorporada ao saldo devedor. Só quando forem muitas parcelas em atraso é que a prestação mensal aumenta. Mas segundo a Caixa, a média de aumento será de algo em torno de 50 reais. A partir do dia 10 de junho, a Caixa vai reduzir as taxas de juros para os contratos novos.
Hoje, para imóveis de até R$ 1,5 milhão com a possibilidade de utilização de recursos do FGTS, a taxa de juros é de 8,75% mais TR. Imóveis com valores superiores a R$ 1,5 milhão a taxa era de 9,75 % mais TR. A partir do dia 10, todos os contratos terão redução nas taxas para 8,5% mais a TR. Uma outra novidade, é que a Caixa vai oferecer tanto contratos em que a prestação diminui com o passar do tempo, quanto prestações que aumentam. Segundo o presidente, quem vai escolher a melhor opção é o mutuário. No caso das parcelas que aumentam com o tempo, a primeira será cerca de 15% menor.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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