Caixa quer parcela pré-fixada em financiamento imobiliário

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2019 10h40 - Atualizado em 04/09/2019 10h47
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Pedro Guimarães fala e gesticula em frente a um púlpito Mudança deve acontecer até o fim de 2022

O presidente da Caixa Econômica Federal espera que o banco consiga oferecer o financiamento imobiliário em parcelas pré-fixadas até o fim de 2022. Pedro Guimarães deu a declaração no fim da manhã desta terça-feira (3), durante a coletiva de apresentação do balanço da instituição no primeiro semestre.

Recentemente, a empresa pública implementou uma linha de crédito que utiliza a inflação oficial do país, o IPCA, para o cálculo da taxa de juros mensalmente. Antes disso, eram oferecidos apenas modelos de financiamento com juros calculados pela Taxa Referencial (TR), modificados ano a ano.

Guimarães diz que o objetivo é chegar até o fim de 2022 com uma terceira modalidade contemplando parcelas sem correção. Segundo ele, isso vai ser possível com a securitização da dívida, ou seja, repassando o risco das linhas de crédito. “Hoje eu empreso ao redor de R$ 40 bilhões por ano em crédito imobiliário. Se eu vender, securitizar, eu posso emprestar R$ 60 bilhões, R$ 70 bilhões, R$ 80 bilhões. Eu empreso, por exemplo, 60, 70, e vendo 20, 30. Continuo mantendo, por ano, R$ 40 bilhões, e vendo o excedente disso.”

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 8,1 bilhões no primeiro semestre, recorde para o período, segundo a instituição. Isso representa um crescimento de 22,2% na comparação com os primeiros seis meses de 2018.

O banco destaca ainda que este é o primeiro balanço desde o exercício de 2016 e que não possui ressalvas. Desde então, a instituição passava por apurações por causa do envolvimento de administradores e funcionários em casos investigados pela Polícia Federal.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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