Caixa vai lançar crédito imobiliário prefixado até junho de 2020, diz presidente do banco

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2019 08h59 - Atualizado em 24/10/2019 11h41
Divulgação Pedro Guimarães Pedro Guimarães também falou sobre possíveis mudanças no Minha Casa, Minha Vida

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou, nesta quarta-feira (23), que o banco pretende lançar um programa de financiamento habitacional com taxa prefixada – ou seja, sem levar em consideração a Taxa Referencial (TR) ou a inflação (IPCA) – em junho de 2020. Assim, o cliente saberá exatamente qual taxa de juros pagará durante todo o contrato.

Segundo Guimarães, a medida vai aumentar a concorrência do Brasil e facilitar, também, os cálculos que precisam ser feitos pelos tomadores de empréstimo que tentam realizar o sonho da casa própria.

“Isso é natural no restante do mundo, e é importante porque é mais fácil para a Caixa securitizar (a carteira) e, para o cliente, ele consegue comparar. Como você não sabe qual será a TR (Taxa Referencial) nem o IPCA no futuro, há sempre essa discussão (sobre quanto pagará). Quando você tem uma taxa fixa, é muito mais transparente para a sociedade. E a minha impressão é que os bancos virão também”, disse, em um evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Ele afirmou, ainda, que está em discussão dentro do governo, mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, também para o ano que vem. Apesar de não falar abertamente sobre o assunto, o presidente do banco sinalizou a faixa-3 do benefício, que serve famílias com renda de até R$ 7 mil, pode acabar.

“A faixa-3, que não tem subsídio, ela é necessária ou não? Ou é sempre melhor focar naqueles mais humildes, da faixa-1? É sempre uma escolha. Não é da Caixa, a gente conversa, mas com o lançamento do crédito imobiliário por IPCA, o que nós vemos é que, como ele reduziu de 30% a 50% o valor mensa, já temos um credito mais barato do que a faixa-3”, afirmou.

Abertura de capital

Guimarães também adiantou que vai enfileirar processos de capital de quatro subsidiárias a partir do ano que vem, algo que deve render bilhões de reais. O executivo disse que o desejo do banco é fazer a abertura de capital, o IPO da Caixa seguridade, no primeiro tris mestre de 2020.

Já no segundo trimestre será a vez da Caixa Cartões e depois, ao longo de 2020, Loterias Caixa e a Acet, que faz a gestão de ativos do banco público brasileiro.

Guimarães não quis fazer uma estimativa de quanto esses processos de abertura de capital podem render, mas fala-se em uma verdadeira fortuna. Ele disse que todos eles serão discutidos com a sociedade e com órgãos de transparência e controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Advocacia-Geral da União.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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