Câmara Alta do Reino Unido quer reformar regras para divulgação de pesquisas eleitorais
No campo político, os britânicos estão discutindo qual a verdadeira utilidade das pesquisas eleitorais. Elas se habituaram a dar resultados equivocados, ou estão sendo utilizadas pela mídia e pelos políticos da forma errada?
Há indícios de que ocorra uma mistura dos dois e, por isso, as pesquisas eleitorais estejam tão descredibilizadas ao redor do mundo.
No Reino Unido, os levantamentos de opinião conseguiram errar praticamente tudo nas últimas votações. Não anteciparam que os conservadores teriam sua maioria muito reduzida na última eleição, apontaram que o Brexit seria derrotado no referendo de 2016 e não indicaram que David Cameron conseguiria uma grande vitória em 2015.
Por este motivo, a Câmara Alta do parlamento britânico quer reformar as regras para divulgação de pesquisas eleitorais por entender que elas influenciam diretamente o processo eleitoral.
A mensagem dada pelos lordes britânicos foi clara: ou os institutos colocam a casa em ordem, ou a ideia de banir a divulgação de pesquisas em período eleitoral será levada adiante.
Os parlamentares querem que o órgão de autorregulamentação do setor implemente novas metodologias, que os financiadores das pesquisas sejam claramente identificados, que os resultados sejam divulgados de forma mais clara e que haja uma revisão pública do desempenho das pesquisas depois das eleições.
O argumento é que as pesquisas influenciam as narrativas em torno das eleições e que por isso elas não podem continuar apresentando números que se mostram descolados dos resultados finais.
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