Caminhoneiros lançam caravana contra alta no preço dos combustíveis

Categoria pretende chamar atenção das autoridades e promover um protesto contra a política de preços da Petrobras; a expectativa é que manifestação dure dois meses

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2022 10h29 - Atualizado em 17/04/2022 10h30
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Geoff Robins / AFP Fila de caminhões interrompe passagem Organização do ato chamado de 'Soberano Brasil' está sendo feita pela Associação Nacional de Transporte no Brasil, Liberdade e Trabalho

Os caminhoneiros vão realizar uma caravana pelo Brasil, saindo de Curitiba, capital do Paraná, no dia 23 de maio, em direção a Brasília. A categoria pretende chamar atenção das autoridades e promover um protesto contra a política de preços da Petrobras. A expectativa é que dure dois meses e termine na capital federal. A intenção é ampliar o movimento para que não seja exclusivo dos transportadores. A manifestação também pedirá a reestatização de empresas tidas como estratégicas ao Brasil, como a Vale do Rio Doce. A organização do ato chamado de “Soberano Brasil” está sendo feita pela Associação Nacional de Transporte no Brasil, Liberdade e Trabalho, que está convocando todos aqueles que se sentem prejudicados pelo PPI, o preço de importação que equipara os valores ao barril do petróleo no exterior. Ou seja, a cada subida da matéria-prima lá fora, os preços dos combustíveis aumentam no mercado interno.

Essa equiparação de valores é apontada pelos caminhoneiros como justificativa pelas sucessivas altas nos combustíveis. Entretanto, ela é defendida pelo novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, e não há sinais nem do governo e nem da direção da estatal sobre uma possível mudança na atual política, pelo menos a longo prazo. Diferentemente de paralisações anteriores, essa caravana não levará risco de desabastecimento as cidades brasileiras devido a caminhões parados nas estradas, porque esse não é um movimento grevista e, sim, uma forma de atrair os holofotes dos governantes sobre os impactos da conduta de preços da estatal no bolso dos brasileiros. Segundo a ANTB, não serão permitidos discursos de políticos. A estimativa é que sejam percorridos oito mil quilômetros.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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