Campanha mira arrecadar R$ 100 milhões para ajuda social durante pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2020 09h26
IGOR MOTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO brasil-coronavirus A proposta é que a arrecadação chegue de R$ 100 milhões que serão destinados a ONGs apoiadas pela iniciativa

A campanha “Juntos Transformamos”, que tem como objetivo ajudar as pessoas que se encontram em vulnerabilidade social por causa do avanço da pandemia do coronavírus, já arrecadou R$25 milhões e continua buscando recursos para ampliar o apoio humanitário.

O fundador e diretor da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, idealizador da iniciativa, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quarta-feira (1), que a proposta é criar uma nova maneira de ajuda em meio à crise.

De acordo com ele, até o momento, os recursos arrecadados foram destinados a ONGs apoiadas pela iniciativa. A proposta é que a arrecadação chegue de R$ 100 milhões.

“A gente sabia que teria uma onda de saúde, em que as  pessoas iriam carecer de mais leitos hospitalares, e a segunda onda que é a onda de fome. Então nós optamos por atacar essa segunda fase.”

Para Benchimol, é indispensável que a população entenda que, para sair desta crise financeira que se inicia e vencer os efeitos do coronavírus na saúde e economia, será preciso ajuda de todos.

“A gente sempre espera que a solução venha do governo, mas no fundo é importante entender que a saída de crise depende de todos nós. Em cada município, se organizem e façam vaquinhas. Com isso vamos descentralizar a filantropia sem depender apenas de grandes ONGs e do governo.”

Economia

A respeito da crise econômica, o diretor da XP Investimentos entende que a recessão é praticamente “inevitável”, mas que o mercado e os investidores podem se recuperar mais rápido do que esperamos.

“É muito improvável que não tenha, mas a gente consegue passar por essa crise de forma mais amena. É importante que os empresários consigam cortar custos fixos não necessários e que o governo e a sociedade ajudem.”

Segundo ele, o Brasil tem cerca de 80 milhões de profissionais informais. Por isso, sem uma ajuda afetiva também da população, “o governo não vai conseguir fazer tudo sozinho”.

Para Guilherme, após o fim da pandemia e retorno das atividades econômicas, o maior desafio será escolher as empresas certas para investimento.

“Existem dois tipos de pessoas que entram no mercado, os especuladores, que para eles se se assemelha a um jogo, e os investidores de longo prazo. As pessoas sabem que quando investem o universo é de longo prazo e não há nada que seja mais rentável que comprar boas companhias.”

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.