Campanha eleitoral começa no Reino Unido com ataques de Johnson a Corbyn

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 06/11/2019 09h42 - Atualizado em 06/11/2019 09h51
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EFE O líder conservador comparou seu principal adversário, o trabalhista Jeremy Corbyn, a Joseph Stalin em um artigo de jornal

As próximas cinco semanas prometem ser ainda mais tensas no Reino Unido. O período de campanha eleitoral começou nesta quarta-feira (6), antecipando a eleição geral do próximo dia 12 de dezembro.

A Câmara dos Comuns está dissolvida e o primeiro-ministro visita a rainha Elizabeth II, como manda a tradição na Grã Bretanha.

O tom belicoso e de ataques baixos do confronto adiante já foi dado pelo próprio Boris Johnson. O líder conservador comparou seu principal adversário, o trabalhista Jeremy Corbyn, a Joseph Stalin em um artigo de jornal.

A resposta do oposicionista foi que a declaração era só mais um delírio da classe rica que não gosta de se ver ameaçada a pagar mais impostos.

O fato é que o Brexit se tornou o principal tema da campanha e certamente irá definir os resultados. O que é bastante curioso já que, nas eleições de 2015, um ano antes do referendo, a União Europeia sequer figurava entre as principais preocupações dos eleitores.

De alguma forma a pauta foi forjada na sociedade britânica por nacionalistas e populistas de direita chegando ao ponto que estamos atualmente.

Pesquisas

As pesquisas de opinião continuam indicando favoritismo dos conservadores, que estão até 12 pontos à frente dos trabalhistas. O partido que está no Governo tem, na média das pesquisas feita pela BBC, 38% das intenções de voto, contra 26% dos labours e 17% dos liberais democratas.

Pode parecer uma vantagem confortável, mas considerando os sistemas de voto e de Governo do Reino Unido não é bem assim. Nem sempre uma votação expressiva se transfere numa grande presença no parlamento.

Para se ter uma ideia, na eleição de 2017, os conservadores tiveram mais de 42% dos votos e ainda assim não alcançaram maioria na Casa.

Logo, são grandes as chances de que essa eleição termine com um parlamento dividido, sem um vencedor claro.

Isso só vai colocar mais lenha na fogueira do Brexit, que segue cada vez mais difícil de ser apagada.

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