Caneta de Trump leva mais tumulto ao Oriente Médio

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan em Londres
  • 14/05/2018 11h23 - Atualizado em 14/05/2018 11h28
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EFE/Luca Piergiovanni Manifestante palestino lança pedra durante protestos na fronteira entre Gaza e Israel nesta segunda (14); ao menos 37 palestinos já foram mortos e 1700 ficaram feridos

Os Estados Unidos abrem hoje sua embaixada em Jerusalém numa decisão amplamente criticada pela União Europeia.

A caneta de Donald Trump não se cansa de tumultuar ainda mais o Oriente Médio o hoje é um dia tenso na região.

A filha do presidente, Ivanka Trump e o marido dela, Jared Kushner, estão em Israel para a cerimônia de transferência da embaixada.

A representação diplomática deixa Tel Aviv, onde está a imensa maioria das outras embaixadas, e se muda para uma instalação provisória, no mesmo prédio onde já estava instalado o consulado americano na cidade sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos.

A decisão é polêmica porque praticamente enterra a possibilidade da solução de dois Estados no conflito israelo-palestino, já que a cidade é disputada pelos dois lados.

Israel vem ocupando ilegalmente Jerusalém Oriental ao longo dos anos e reconhecer a cidade como capital do estado israelense é um movimento bastante controverso dos Estados Unidos.

Nenhum outro País de peso na diplomacia internacional seguiu o movimento americano. As Nações Unidas inclusive aprovaram uma resolução criticando o gesto americano.

Mahmoud Abbas, presidente da Palestina, classificou a decisão dos Estados Unidos como o tapa do século.

Milhares de palestinos estão reunidos para os protestos contra a nova embaixada americana, que certamente vão terminar em violência. Desde o fim março, Israel já havia matado 40 manifestantes palestinos em atos semelhantes ocorrem hoje. E as mortes seguem aumentando.

Esse é um dos conflitos mais vergonhosos do planeta e a decisão de Donald Trump só joga mais gasolina na fogueira neste momento.

Mas pelo menos o presidente americano deixa claro que a solução de dois Estados dificilmente será viabilizada e só reconhece o que já ocorre na prática. Com o poder econômico e um exército sofisticado, Israel atropela as decisões da ONU e ocupa tudo que for de seu interesse.

Assista ao comentário de Ulisses Neto ao Jornal da Manhã:

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