‘Senado vai modificar o que for necessário’, diz líder do governo sobre Orçamento de Guerra

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2020 08h26 - Atualizado em 14/04/2020 08h34
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Agência Senado O líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado Federal afirma ainda que é preciso "ler os sinais da Câmara", ou seja, analisar a votação dos deputados

O Orçamento de Guerra votado pela Câmara dos Deputados na segunda-feira (13) não deverá passar na íntegra no Senado.  A afirmação foi feita pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Senado Federal, durante entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (14).

Segundo Gomes, o projeto, que destina ajuda aos estados e municípios brasileiros para combate ao coronavírus, deve se adequar a um tamanho que seja passível de aprovação. Caso isso não aconteça, pode ocorrer até mesmo veto presidencial.

“Senado vai modificar o que for necessário. A gente acredita que é possível um acordo e um projeto mais adequado que tenha o socorro aos municípios, mas que não crie um ambiente de liberdade fiscal que é prejudicial para a economia e ao estado federativo. Não vejo a capacidade da manutenção completa do que foi votado, mas a gente deve escutar a Câmara também.”

Gomes explica que o governo entende que a emergência causada pela pandemia do coronavírus afetou todos os estados brasileiros. Entretanto, ele acredita que a solução será encontrar um acordo de menor impacto, mas que garanta ainda a ajuda.

Para o senador, o caminho é discutir um projeto de apoio mais realista, considerando também que transferências de cotas especiais direcionadas à estados e municípios para o combate ao coronavírus já estão acontecendo “fundo a fundo”.

“O que ocorre é que nesse momento temos que olhar para agenda da emergência, mas também para uma agenda de reconstrução para tentar recuperar um pouco as vagas de empregos e reconstruir uma política econômica consistente.”

O líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado Federal afirma ainda que é preciso “ler os sinais da Câmara”, ou seja, analisar a votação dos deputados. Para ele, houve uma falta de diálogo com as lideranças.

“Não foi uma votação dividida, a votação teve um número muito expressivo. A gente tem que descobrir onde faltou diálogo com as lideranças da câmara, o ideal é que a gente tenha o mínimo de conhecimento sobre essa votação.”

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