Casal Garotinho era ameaça à investigação, diz MP ao justificar prisão
O ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, foram presos novamente nesta terça-feira (3). Os dois são acusados de terem recebido propina de R$ 25 milhões em uma obra para a construção de um condomínio popular na cidade de Campos, no norte do Estado, realizada pela construtora Odebrecht.
A obra, segundo as investigações do Ministério Público (MP), estava ilegal, superfaturada e repleta de irregularidades. Ela custou mais de R$ 1 bilhão, com superfaturamento de mais de R$ 60 milhões. Na planilha da Odebrecht, segundo o MP, Garotinho aparecia com vários codinomes: Bolinha, Bolinho e pescador.
A promotora do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), Simone Sibilio, disse que a prisão do casal era necessária para eles não atrapalharem o andamento das investigações. “É notório o poder dissuasório que os dois, agora réus, possuem no município de Campos. Regular o andamento do processo exige a prisão de todos os denunciados para que a colheita das provas em juízo possa se dar livre da devida ingerência dos acusados nessa inspeção criminal.”
Agora, já são quatro os governadores do Rio presos no Estado: Pezão, Cabral e o casal Garotinho, a lembrar que outro ex-governador, Moreira Franco, esteve também, por pouco tempo, preso em uma operação da Lava Jato que levou o ex-presidente Michel Temer à cadeia.
Rosinha está sendo presa pela segunda vez; Garotinho, pela quarta.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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