Caso de febre hemorrágica após 20 anos foi ‘isolado’, diz David Uip

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2020 09h39 - Atualizado em 21/01/2020 09h50
Marcos Santos/USP Imagens Estetoscópio em mesa Os principais sinais de manifestação do vírus são: dor muscular, febre e insuficiência dos múltiplos órgãos

A morte de um homem de Sorocaba, no interior de São Paulo, em decorrência da febre hemorrágica — que não tinha registros há 20 anos — foi um “caso isolado”.

Apesar disso, de acordo com o infectologista David Uip, a preocupação existe por conta da gravidade da doença. “A taxa de letalidade é muito alta, varia de 30% a 60%”, explicou em entrevista ao Jornal da Manhã.

Isso acontece devido as semelhanças sintomáticas com outras enfermidades, como: dengue hemorrágica, febre amarela, malária e leptospirose.

Segundo o infectologista, o contágio dessa doença é feito após o contato com excreções de roedores selvagens ou de pessoas já infectadas.

A febre hemorrágica pode se manifestar de forma sintomática ou assintomática. Os principais sinais de manifestação do vírus são: dor muscular, febre e insuficiência dos múltiplos órgãos.

Porém, o médico infectologista não vê necessidade de alarde nesse momento. “Lavar a mão com água e sabão, fazer uso de álcool gel e evitar conglomerados é suficiente.”

Vacinas

David Uip ressaltou a importância das vacinas na prevenção de doenças e alertou para grupos que se denominam “anti-vacina”.

“Ser anti-vacina é antidemocrático e de uma irresponsabilidade no âmbito pessoal e coletivo. Ao não vacinar os filhos, esses pais expõem uma população inteira. As políticas públicas precisam ser renovadas, mas também precisamos falar conta esses grupos. Enquanto não houve uma vacina efetiva, o controle das doenças será difícil.”

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