Caso de febre hemorrágica após 20 anos foi ‘isolado’, diz David Uip
A morte de um homem de Sorocaba, no interior de São Paulo, em decorrência da febre hemorrágica — que não tinha registros há 20 anos — foi um “caso isolado”.
Apesar disso, de acordo com o infectologista David Uip, a preocupação existe por conta da gravidade da doença. “A taxa de letalidade é muito alta, varia de 30% a 60%”, explicou em entrevista ao Jornal da Manhã.
Isso acontece devido as semelhanças sintomáticas com outras enfermidades, como: dengue hemorrágica, febre amarela, malária e leptospirose.
Segundo o infectologista, o contágio dessa doença é feito após o contato com excreções de roedores selvagens ou de pessoas já infectadas.
A febre hemorrágica pode se manifestar de forma sintomática ou assintomática. Os principais sinais de manifestação do vírus são: dor muscular, febre e insuficiência dos múltiplos órgãos.
Porém, o médico infectologista não vê necessidade de alarde nesse momento. “Lavar a mão com água e sabão, fazer uso de álcool gel e evitar conglomerados é suficiente.”
Vacinas
David Uip ressaltou a importância das vacinas na prevenção de doenças e alertou para grupos que se denominam “anti-vacina”.
“Ser anti-vacina é antidemocrático e de uma irresponsabilidade no âmbito pessoal e coletivo. Ao não vacinar os filhos, esses pais expõem uma população inteira. As políticas públicas precisam ser renovadas, mas também precisamos falar conta esses grupos. Enquanto não houve uma vacina efetiva, o controle das doenças será difícil.”
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