Caso João de Deus: Novas ações podem ocorrer mesmo em datas festivas, diz delegado de Goiás
O médium João de Deus foi indiciado nesta última semana pela Polícia Civil de Goiás por conta de acusações de abusos sexuais feitas por mulheres que foram atendidas por ele em Abadiânia.
O delegado responsável pelo caso, da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes de Almeida, afirmou em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã que novas operações poderão acontecer independentemente das festividades de fim de ano.
“Temos algumas tarefas e vamos fazer mesmo estando em um sábado ou dias festivos”, garantiu.
Nesta sexta-feira (21), o juiz Liciomar Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás, decretou um novo mandado de prisão preventiva contra João de Deus. Agora, o médium é investigado pela posse de cinco armas de fogo, encontradas em um de seus endereços na cidade de Abadiânia (GO). O local foi alvo de buscas na quarta (19).
Na quinta (20), a Polícia Civil decidiu abrir um novo inquérito contra o líder espiritual após a localização das armas, sem registro na Polícia Federal e no Exército. Em um quarto, foram encontrados dois revólveres de calibre 32, um de calibre 38, uma pistola de calibre 380 e uma garrucha de calibre 22 que tinha a identificação suprimida.
Diversas munições, algumas estrangeiras, estavam com o médium – entre elas, uma de calibre 357, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Segundo o delegado André Fernandes, a busca foi “muito exitosa em termos de coletas de provas”. Questionado se as operações buscam algum item específico, o responsável pelo caso concordou: “constatamos in loco a veracidade do que está sendo investigado”.
João de Deus está preso desde domingo (16), após acusações de abuso sexual feitas por mais de 500 mulheres de sete países. Entretanto, a movimentação de R$ 35 milhões acelerou a detenção.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.