Casos de mortes de mulheres por ex-companheiros levantam debate sobre políticas contra o feminicídio

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2018 07h36
Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens O crime, criado em 2015, é uma qualificadora do homicídio doloso, o que agrava a pena do agressor

Especialistas em segurança pública defendem políticas para prevenir o assassinato de mulheres em contextos de desigualdade de gênero.

Durante o último feriado prolongado, São Paulo registrou pelo menos quatro casos de feminicídio. Elen Bandeira, Renata Beisman, Renata Souza e Sheron Monteiro foram mortas nos últimos dias pelos ex-companheiros.

O crime, criado em 2015, é uma qualificadora do homicídio doloso, o que agrava a pena do agressor.

A criminalista Luiza Nagib Eluf, procuradora de Justiça aposentada, disse que é preciso reeducar a população brasileira para acabar com o machismo. Para ela, o assassinato de mulheres não é novidade, mas agora o que antes era crime passional vira crime hediondo.

A diretora executiva do Fórum de Segurança Pública, Samira Bueno, explicou que é comum que conflitos de gênero comecem no âmbito doméstico. Ela acreditou ser fundamental denunciar casos de mulheres que sofrem violência dos parceiros para evitar tragédias como essas.

A Secretaria de Segurança Pública apontou que nos oito primeiros meses do ano, casos de feminicídio cresceram 12%, em relação ao mesmo período de 2017. De acordo com a pasta, houve 84 casos de homicídio com agravante feminicídio em 2018 contra 75 registrados no ano passado.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.