Catalães vão às ruas para celebrar Diada e demonstrar apoio ao referendo separatista

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 11/09/2017 09h45
EFE O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, preside cerimônia da Diada

Os catalães saem às ruas da região nesta segunda-feira (11) para celebrar um importante feriado local que está sendo utilizado como ato de demonstração a favor do referendo separatista convocado para o dia 1º de outubro.

Centenas de milhares de pessoas devem participar das comemorações da Diada, que marca a queda de Barcelona durante a guerra da sucessão na Espanha em 1714.

O evento ganhou forte conotação política nos últimos anos e por causa da mobilização para o referendo de daqui a pouco mais de duas semanas espera-se que cerca de 400 mil pessoas participem dos atos em Barcelona nesta segunda-feira.

Existe um clima de guerra entre as autoridades catalãs e o governo central de Madri neste momento por causa da consulta popular que foi considerada ilegal por uma corte da capital.

A polícia chegou a fazer buscas em uma gráfica e em jornais regionais catalães na sexta-feira e o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, reagiu dizendo que as autoridades de Madri estão atrás de briga.

A justiça espanhola, ainda não começou a tomar medidas para desmobilizar o referendo separatista. Segundo o jornal El Pais, decisões como suspender o site oficial da votação, cortar a propaganda eleitoral e encerrar a convocação de voluntários devem ser tomadas a partir desta terça-feira (12), o que deve acirrar ainda mais os ânimos.

Os líderes catalães prometem levar o referendo adiante e declarar independência da Espanha 48 horas depois da proclamação dos resultados, se os eleitores assim decidirem.

As pesquisas de opinião, no entanto, mostram que uma vitória pelo “SIM” depende do comparecimento dos eleitores.

Hoje a Catalunha aparece como dividida entre se separar ou não da Espanha, mas o voto separatista, que é mais engajado no processo, pode garantir 70% de apoio para o “SIM” se o nível de comparecimento atingir apenas a metade dos eleitores.

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