Cedae contesta cálculos que basearam ação coletiva por crise da água no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2020 07h54
Divulgação Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu

A Cedae está contestando os cálculos que basearam a ação coletiva movida nesta semana contra a empresa, pela Defensoria e o Ministério Público do Rio de Janeiro, para indenizar consumidores afetados pela crise da água em 2020.

Os órgãos disseram em ação coletiva que a proposta da Cedae era equivalente a um desconto irrisório de R$ 1,25 nas contas do 9 milhões de consumidores afetados pelo Sistema Guandu, um dos mais importantes do Estado, que pertence a Cedae.

A ação coletiva pede o bloqueio de R$ 560 mi nas contas da Cedae, para serem utilizados em futuras indenizações para cariocas e fluminenses prejudicados.

Nesta sexta-feira, a Cedae se defendeu. Segundo a companhia, as contas da Defensoria e do MP têm erros, e as divergências não param por aí. Enquanto os órgãos entendem que todos os órgãos afetados deveriam ser indenizados, a metodologia de cálculo é diferente – leva em conta o número de ligações atendidas pelo sistema Guandu, um total de 900 mil.

O faturamento da Cedae nessas ligações é de R$ 150 bi. A proposta da companhia é de um desconto de 50% em cima desse faturamento. Ou seja, desconto total de R$ 75 bi. Na prática, pela metodologia da companhia, a proposta de desconto é equivalente a R$ 83 em cada uma dessas contas, e não R$ 1,25.

Muita divergência entre as partes envolvidas, como revela o presidente da Cedae, Renato Espírito Santo. “É algo razoável, mas eu não tenho esses números. Estudos não foram definidos por nós. O prazo é o que o governador definiu.”

Desde o início do ano, a água que sai das torneiras tem cheiro, sabor e cor de terra. Por conta dessa situação, Cedae, água e geosmina, alga que provocou toda essa situação, viraram tema de blocos de carnaval, blocos de carnaval, fantasias e marchinhas carnavalescas.

* Com informações do repórter Rodrigo Viga.

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