Celular apreendido em 2015 foi peça-chave para nova fase da Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2019 06h51 - Atualizado em 19/12/2019 08h57
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Arquivo/Agência Brasil pf A suspeita é de que três empresas tenham se beneficiado em acertos com a Petrobras

Um celular apreendido em 2015 pela força-tarefa da Lava Jato foi o ponto de partida da nova etapa da operação, deflagrada nesta quarta-feira (18). A 70ª fase ganhou o nome de Óbulo.

Segundo a Polícia Federal (PF), o motivo do nome é que assim se chamava a moeda que, de acordo com a mitologia grega, era usada para remunerar o barqueiro Caronte, que conduzia as almas por meio do rio que separava o mundo dos vivos dos mortos.

Foi uma referência ao fato de que a nova etapa investiga fraudes em contratos de afretamento de navios celebrados pela Petrobras. A suspeita é de que três empresas tenham conseguido informações privilegiadas e se beneficiado em pelo menos 200 acertos feitos pela estatal.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

O procurador Felipe Bogado, do Ministério Público Federal (MPF), diz que conversas encontradas em um celular do ex-tesoureiro do PP, João Claudio Genu, ajudaram a revelar o esquema.

“Nesse celular foram encontradas conversas, diálogos, que demonstravam o esquema de corrupção na área de navios que estava sobre o controle de Genu, Beltran e Roberto Costa”, explica.

De acordo com o procurador, os suspeitos manipularam contratos que a Petrobras firmou com empresas para transporte marítimo e beneficiaram dois tipos de companhias.

Segundo a PF, cerca de 50 agentes participaram das buscas nesta quarta e há evidências de pagamentos de propina a funcionários da Petrobras.

*Com informações do repórter Vitor Brown

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