Cenas de desrespeito marcam fim de semana de recesso prolongado no Rio de Janeiro
Festas, shows e eventos clandestinos foram observados em locais públicos e privados; comércio não-essencial também abriu às portas
A maioria dos cariocas e fluminenses entendeu a gravidade do momento da pandemia de Covid-19 e atendeu ao apelo das autoridades ficando reclusa em casa neste primeiro fim de semana do super recesso — que vai até o próximo dia 4 de abril. Mas, como era de se esperar, houve cenas de desacato e drible às regras mais restritas impostas pelo município do Rio e Estado do Rio de Janeiro — especialmente na Zona Norte e na Zona Oeste, áreas mais periféricas.
Festas, shows e eventos clandestinos foram observados em locais públicos e privados. Alguns estabelecimentos comerciais não-essenciais também abriram às portas, desrespeitando os decretos do Estado e da cidade. Teve, inclusive, pessoas tentando um banho de sol e mar — o que está proibidos durante os dias de recesso prolongado. A polícia e a guarda municipal tiveram de atuar em quase todos os casos com uma abordagem socioeducativas. Apenas em caso de resistência é que as pessoas são conduzidas para delegacias. Houve congestionamento, também, na saída do Rio em direção à região dos Lagos.
Desde o decreto do recesso, prefeitos de municípios como Búzios e Cabo Frio estavam preocupados com uma invasão de cariocas durante o período. Barreiras sanitárias foram montadas na entrada dessas cidades, que também têm regras de restrição de acesso às praias e funcionamento dos serviços não-essenciais. Porém, também foram registradas cenas de desrespeito no fim de semana. A situação é complicada no momento mais difícil da pandemia. O recesso é de dez dias e busca reduzir a circulação do vírus e dar um fôlego à rede de saúde que está à beira de um colapso. O Estado do Rio de Janeiro tem cerca de 36 mil mortos por Covid-19 e mais de 635 mil pessoas infectadas ao longo do último ano.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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