Centrais sindicais se reúnem para discutir reação à reforma da Previdência
Mesmo sem o governo ter apresentado oficialmente uma proposta para a reforma da Previdência, centrais sindicais já mobilizam grupos de discussões para formulação de uma contraproposta.
Os sindicatos programaram uma nova Plenária Unitária das Centrais para o dia 20 de fevereiro, quando o projeto da Previdência já estiver tramitando no Congresso. Na ocasião, as categorias decidirão qual reação deverá se seguir. A possibilidade de greve, no entanto, ficará para o mês de abril.
As seis principais centrais sindicais se reuniram nesta terça-feira (15), em São Paulo. Os sindicalistas se colocaram contra o sistema de capitalização, previamente apresentado pelo governo como opção de mudança de regime.
Segundo eles, o novo modelo estaria mais exposto a riscos de má gestão e citaram o sistema de capitalização do Chile como exemplo. Os chilenos que se aposentam recebem cerca de 30% dos salários de quando estavam na ativa.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, falou na necessidade de abrir a caixa-preta da Previdência, questionando a transparência e eficiência da gestão.
Torres ainda defendeu outras alternativas para correção do déficit como a ampliação do número de trabalhadores contribuintes, promovendo um combate ao mercado informal, além da taxação de grandes fortunas.
As centrais sindicais chegaram a mandar uma carta ao presidente Jair Bolsonaro no dia da posse, se posicionando com relação à Previdência e à valorização do salário-mínimo, se disponibilizando para um diálogo. O presidente, no entanto, ainda não respondeu a carta.
Dentre as categorias representadas pelas centrais estão metalúrgicos, bancários, servidores públicos e o setor de transportes.
*Informações da repórter Victoria Abel
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