Chanceleres sul-americanos voltam a se reunir para discutir situação da Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2017 07h47 - Atualizado em 08/08/2017 10h52
EFE Os diplomatas manifestaram preocupação com as medidas autoritárias adotadas por Nicolás Maduro, após a instalação da Assembleia Constituinte

Após a suspensão da Venezuela do Mercosul, chanceleres sul-americanos voltam a se reunir nesta terça-feira (08) para discutir a situação do país vizinho. O encontro será realizado em Lima, no Peru, e terá a participação do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes.

Os diplomatas manifestaram preocupação com as medidas autoritárias adotadas por Nicolás Maduro, após a instalação da Assembleia Constituinte.

Uma das ações mais duras foi a destituição da procuradora-geral Luísa Ortega Díaz, que havia rompido com o governo e passou a denunciar abusos. Ela foi impedida de entrar na sede do Ministério Público venezuelano, teve os bens congelados pela Justiça e está impedida de deixar o país.

O substituto foi o chavista Tarek William Saab, aliado de Maduro, que criticou as acusações feitas pela ex-procuradora, em discurso nesta segunda-feira: “estou totalmente convencido e tenho a plena convicção, assim como milhões de venezuelanos, de que cada declaração da ex-procuradora, incitada não sei por quem nem por quais interesses, não causaram apenas graves danos institucionais, mas também colocaram em perigo a paz venezuelana, porque foram acompanhadas por uma série de ações”.

Além de destituir a procuradora-geral, o governo reprimiu com violência uma rebelião de militares, que terminou com dois soldados mortos, no domingo.

Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa, Vladimir López, elevou o tom contra os manifestantes e prometeu fidelidade do Exército a Nicolás Maduro: “este grupo e seus aliados foram declarados inimigos da pátria, inimigos da Força Armada Nacional Bolivariana e inimigos do povo venezuelano. Em outras situações desta natureza, responderemos com a contundência necessária para o caso”.

Nesta segunda-feira (07), diversos sites oficiais do governo venezuelano foram invadidos por grupos de hackers contrários a Nicolás Maduro.

Nestas páginas, foi veiculada uma mensagem, convocando a população a apoiar os militares rebeldes e a se manifestar contra o regime chavista.

*Informações do repórter Vitor Brown

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.