Chilenos veem com desconfiança proposta de mudança na Constituição
A população do Chile recebeu com dúvidas e receio o anúncio do processo de elaboração de uma nova Constituição. A atual carta magna do país foi elaborada durante a Ditadura Militar presidida pelo general Augusto Pinochet.
O governo do presidente Sebastián Piñera pretende iniciar as mudanças por meio de um Congresso Constituinte e com promessa de ampla participação popular.
Em março do ano passado, Piñera barrou um projeto de lei enviado pela antecessora, Michelle Bachelet, que previa mudanças constitucionais, incluindo a inviolabilidade dos direitos humanos, a igualdade de remuneração entre homens e mulheres e o direito à saúde e à educação.
A população está dividida e desconfiada com a proposta.
Apesar do anúncio de uma nova Constituição, principal demanda dos manifestantes que ocupam as ruas chilenas desde o final de outubro, novos protestos ocorreram nesta segunda-feira (11).
Professores saíram às ruas com bandeiras e cartazes pedindo maior qualidade na educação e melhores condições para crianças e jovens no Chile.
O governo Piñera aceitou o pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para acompanhar a situação das manifestações no país.
A repressão aos atos já deixou centenas de feridos e ao menos 20 morreram.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.