Chilenos veem com desconfiança proposta de mudança na Constituição

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2019 06h45 - Atualizado em 12/11/2019 07h22
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EFE O governo Piñera aceitou o pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para acompanhar a situação das manifestações no país

A população do Chile recebeu com dúvidas e receio o anúncio do processo de elaboração de uma nova Constituição. A atual carta magna do país foi elaborada durante a Ditadura Militar presidida pelo general Augusto Pinochet.

O governo do presidente Sebastián Piñera pretende iniciar as mudanças por meio de um Congresso Constituinte e com promessa de ampla participação popular.

Em março do ano passado, Piñera barrou um projeto de lei enviado pela antecessora, Michelle Bachelet, que previa mudanças constitucionais, incluindo a inviolabilidade dos direitos humanos, a igualdade de remuneração entre homens e mulheres e o direito à saúde e à educação.

A população está dividida e desconfiada com a proposta.

Apesar do anúncio de uma nova Constituição, principal demanda dos manifestantes que ocupam as ruas chilenas desde o final de outubro, novos protestos ocorreram nesta segunda-feira (11).

Professores saíram às ruas com bandeiras e cartazes pedindo maior qualidade na educação e melhores condições para crianças e jovens no Chile.

O governo Piñera aceitou o pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para acompanhar a situação das manifestações no país.

A repressão aos atos já deixou centenas de feridos e ao menos 20 morreram.

*Com informações do repórter Matheus Meirelles

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