Cidades da Bahia atingidas por transbordamento de barragem decretam situação de emergência e calamidade pública
A barragem de água que transbordou no interior da Bahia ainda pode se romper, piorando mais a situação dos moradores da região. No início da tarde desta quinta-feira (11), a barragem do Quati, em Pedro Alexandre, a 435 quilômetros de Salvador, não conseguiu conter o grande volume de água após fortes chuvas. Casas foram inundadas e estradas ficaram intransitáveis, mas, até o momento, não há registro de feridos e vítimas.
Segundo o diretor superintendente da Defesa Civil da Bahia, Paulo Sérgio Menezes Luz, depois do transbordamento, a estrutura apresentou duas rachaduras nas laterais.
A prefeitura de Pedro Alexandre decretou situação de emergência e calamidade pública. O município de Coronel João Sá, vizinho a Pedro Alexandre, foi o mais atingido porque está numa altitude menor.
Famílias foram retiradas das casas e, pouco após o transbordamento, o prefeito de Coronel João Sá, Carlos Sobral, disse que a região nunca passou por uma situação destas. “É uma situação atípica, nunca aconteceu isso com essa barragem, então não sabemos as consequências. Eu peço encarecidamente que todas as pessoas que moram em áreas de risco que saiam de suas casas, peguem seus documentos pessoais, seus objetos de valores, o que puder levar de eletrodomésticos, salvar de móvel, porque não sabemos ainda as consequências já que nunca passamos por ela.”
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou sobre o transbordamento da barragem e disse que o governo federal está à disposição das autoridades locais. “O nosso órgão de Defesa Civil está informado, está tomando providências, não temos como conter a onda, né. Duas cidades, uma já foi atingida, outra está na iminência de ser atingida, não temos informações de vítimas e o governo está à disposição dos prefeitos locais para qualquer providência que por ventura seja necessária”, disse.
A barragem do Quati foi entregue à população em 2000 e é usada para represar água do Rio do Peixe para o período de estiagem.
Inicialmente órgãos como o Ministério do Desenvolvimento Regional, Agência Nacional de Águas e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes falaram que se tratava de um rompimento, mas a Defesa Civil e o governo do Estado da Bahia afirmam que, na verdade, o que ocorreu foi o transbordamento de água da barragem.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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