Cientistas brasileiros descobrem fósseis de crocodilo de 70 mi de anos
Professores brasileiros descobriram fósseis de um crocodilo de 70 milhões de anos. Os pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, revelaram que partes da mandíbula e dos dentes do animal pré-histórico foram encontradas em rochas da Formação Presidente Prudente, no sudoeste de São Paulo.
A descoberta elucida uma dúvida debatida desde o começo do século 20 por especialistas do mundo todo a respeito da fauna do final do Cretáceo, o período da pré-história compreendido entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás.
O achado confirma que a espécie, até então tratada como hipotética, realmente existiu.
O geólogo Felipe Simbras, da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, participou do estudo. Ele explicou que, por meio do fóssil, foi possível saber a altura aproximada e a dieta do crocodilo.
Os pesquisadores fizeram um estudo detalhado dos restos, o que permitiu a classificação de um novo gênero de espécies para a paleofauna.
O animal foi batizado de Roxochampsa paulistanus, em homenagem a Mathias de Oliveira Roxo, um dos mais respeitados pesquisadores da área.
Para o professor do Departamento de Ciências da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, André Pinheiro, a divulgação da descoberta abre caminhos para se incentivar mais a ciência no Brasil.
Além dos professores da UERJ, que coordenaram a pesquisa, também participaram estudiosos do Museu Nacional e do Laboratório de Interação Nuclear da COPPE, da UFRJ. O estudo foi publicado na revista científica Plos One.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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