Cinemateca Brasileira reabre após quase dois anos
Prédio foi alvo de um incêndio e um alagamento entre 2020 e 2021; Ministério Público entrou com ação contra a União por abandono da instituição
A Cinemateca Brasileira reabriu ao público nesta sexta-feira, 13, em São Paulo, após quase dois anos fechada. A programação de reabertura homenageia o ator e diretor José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Um incêndio de grandes proporções em um galpão, em julho do ano passado, fez com que o local precisasse fechar. O prédio também foi alvo de um alagamento em 2o20. No mesmo ano, o Ministério Público entrou com uma ação contra a União por abandono da instituição. Hoje o espaço cultural está sendo gerido pela sociedade Amigos da Cinemateca, uma entidade sem fins lucrativos criada em 1962. Gabriela Queiroz, diretora técnica da Cinemateca, reconhece o trabalho que tem sido feito para reestruturar o espaço cultural. “Desde novembro, quando nós retornamos, há um trabalho intenso de diagnóstico da situação, um foco muito específico do acervo, mas sem perder de vista a parte técnica, a estrutura do prédio, a gente está em um patrimônio tombado”, disse. “Mas chegou o momento de reabrir para o público. Conseguimos sanear os principais problemas que impediam a retomada da programação cultural”, acrescentou. O acervo da Cinemateca tem cerca de 250 mil rolos de filme e mais de 1 milhão de documentos relacionados ao cinema. A previsão de orçamento para este ano é de R$ 20 milhões, e a expectativa é que a instituição possa retomar a estrutura que tinha tempos atrás.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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