Cirurgia não é complicada, mas exige repouso, diz médico de Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2018 08h27 - Atualizado em 15/12/2018 12h26
Jovem Pan Em setembro, Bolsonaro foi atingido por facada durante ato da campanha eleitoral

O gastroenterologista Antônio Macedo, que comanda a equipe médica de Jair Bolsonaro, afirmou à Jovem Pan que a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia do presidente eleito “não é complicada” e indicou que ele pode ficar até 10 dias internado para recuperação e repouso. A operação está marcada para o dia 28 de janeiro de 2019.

“O presidente vai se internar na véspera (27) para ser operado. Não é nada complicado, mas é uma coisa delicada e um pouco demorada”, detalhou. Essa é a terceira cirurgia de Bolsonaro após ter sido esfaqueado em setembro, durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Por isso, o novo procedimento “tem que ser feito de um jeito bem suave”.

O médico apontou que a situação de saúde do futuro presidente é positiva. “O estado de saúde é excelente, ele é uma pessoa muito bem preparada fisicamente, um atleta.” Para Macedo, a reversão da colostomia não inspira preocupações. “A preocupação é que se recupere o mais rápido possível. Deve ficar de uma semana a 10 dias sob cuidados nossos.”

‘Relacionamento não é militar’

Questionado sobre o que os opositores chamaram de “presença seletiva” em eventos, o médico destacou que – na época da campanha eleitoral – a situação de Bolsonaro era mais grave. “O motivo de ele não ir a entrevistas é que ele recebia medicamentos e trocava a bolsa [de colostomia] com mais frequência. Hoje, a primeira-dama é capaz de ajudá-lo.”

Para o chefe da equipe do Hospital Albert Einstein, apesar das indicações, cabe ao presidente eleito a decisão final sobre seu dia a dia. “O relacionamento entre médico e paciente não é uma coisa militar, a gente recomenda alguns cuidados e a pessoa segue se achar necessário”, falou. “Ele é presidente e todo mundo tem que obedecer o que ele fala.”

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