Cláudio Castro defende operação policial na Vila Cruzeiro
Ação no Complexo da Penha causou ao menos 23 mortes, sendo a segunda mais letal do Estado
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu nesta segunda-feira, 30, a operação na Vila Cruzeiro, localizada no Complexo da Penha, ocorrida na semana passada. Segundo ele, as ações dos agentes cumpriram todas as recomendações do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringe as operações das forças de segurança em áreas conflagradas, favelas e comunidades. De acordo com o governador, a operação, que resultou em ao menos 23 mortes, tinha como objetivo prender os líderes da maior facção do Estado e foi antecipadamente avisada ao Ministério Público. “Sinceramente, não consigo entender o que moradores, supostamente moradores, estavam fazendo em bonde com armas, com metralhadoras e granadas às 4h30”, ressaltou o governador, que disse ainda que “quem aponta uma arma contra a polícia está apontando uma arma contra a sociedade, enquanto estiver à frente do Estado isso não será tolerado”.
O sociólogo Rafael Melo discorda da política de segurança do Rio de Janeiro. “Uma coisa central é que não é uma ação eficiente e que não resolve o problema da segurança pública, do tráfico de drogas e da violência. Temos que ter clareza disso para podermos avançar seriamente no debate, se quisermos resolver esse problema. É complexo, não depende apenas de uma questão pontual de drogas e violência. Poderia ter uma ação mais efetiva de combate, inclusive contra violência do Estado”, disse à Jovem Pan News. A operação na Vila Cruzeiro ficou marcada como a segunda com maior número de mortos em toda história do Estado.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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