Cloroquina não é bala de prata, afirma Dimas Covas
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou na segunda-feira (18) que não se prescreve receituário médico por decreto. A declaração ocorre em meio à insistência do presidente Jair Bolsonaro de querer usar o remédio no tratamento contra a Covid-19.
Há a expectativa de que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assine um decreto ainda nesta semana. Atualmente, o medicamento só é administrado em pacientes em estado grave. Segundo Doria, São Paulo não vai acatar a uma eventual nova recomendação do ministério da Saúde.
O coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, Dimas Covas, lembrou que diversos estudos sobre os efeitos da cloroquina em pacientes com o coronavírus já foram realizados, mas nenhum deles indicou melhora significativa. “A cloroquina não é uma bala de prata. Ela pode ser útil em situações muito específicas, ela não tem efeito generalizado.”
São Paulo registrou até a segunda-feira 63.006 casos da doença e 4.823 mortes em decorrência de infecções pelo coronavírus. A taxa de ocupação dos leitos de UTI no estado paulista é de quase 70%. Esse número sobe para 89% na Grande São Paulo.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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