CNA sabatina presidenciáveis e entrega sugestões para ampliar produção rural nos próximos anos
Quatro candidatos à Presidência da República foram sabatinados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil nesta quarta-feira (29). A CNA entregou um documento com sugestões para ampliar a produção rural nos próximos 12 anos.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, iniciou a sabatina. Ele criticou a tabela de preços para o frete rodoviário, umas das medidas tomada pelo Governo Federal para encerrar a greve dos caminhoneiros, em maio.
O tucano defendeu o porte de arma facilitado para o homem do campo. Alckmin disse ainda que caso seja eleito, pretende reeditar uma medida provisória que proíbe que uma terra invadida seja desapropriada para fins de reforma agrária por, pelo menos, quatro anos.
“Invasão de propriedade não será tolerada. Vou reeditar a MP e dobrar o prazo. Não pode ser desapropriada”, disse.
Em seguida foi a vez do emedebista Henrique Meirelles. O candidato do MDB disse que pode solucionar a crise do Brasil se apoiando na confiança do mercado na credibilidade do seu nome.
Ele afirmou ainda que é contra o porte de armas no campo e defendeu o respeito a propriedade privada por meio da promoção de um amplo processo de regularização fundiária.
“O que impede muitas vezes isso? Burocracia e oposição ideológica. Temos que desburocratizar e fazer programa em massa de regularização fundiária”, defendeu.
Álvaro Dias, candidato do Podemos, foi o terceiro a ser sabatinado pelos representantes do setor agropecuário afirmou que é preciso reduzir a taxa de juros e aumentar o crédito para o produtor rural.
“Evidente que se praticássemos política com taxa de juros compatíveis a nossa realidade econômica, o Governo não necessitaria subsidiar o crédito agrícola”, explicou.
Marina Silva, da Rede, foi a última a falar. Ela disse que pretende capacitar o produtor rural para aumentar a produtividade do agronegócio brasileiro: “o conhecimento que já é disponível para muitos, ainda não é para todos”.
O candidato a presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, e Jair Bolsonaro, do PSL, foram convidados, mas não participaram do evento.
*Informações do repórter Arthur Scotti
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