CNI: Coronavírus derruba produtividade da indústria em 2,8%

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2020 07h18 - Atualizado em 09/06/2020 07h42
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EFE/EPA/SEBASTIEN COURDJI Medidas de isolamento social reeditadas em março foram apontadas como principal responsável pela queda da economia do mês Para ajudar os empresários no acesso ao crédito nos pontos de maior reclamação nesse momento, a CNI criou cartilhas online

O novo coronavírus derrubou a produtividade da industria em 2,8% no 1º trimestre  de 2020 em relação ao 4º trimestre de 2019. Antes da pandemia o movimento era de leve alta, de acordo com a CNI.

Esse é o segundo pior resultado do indicador desde o recuo de 3,3% no 2º trimestre de 2018, impactado pela greve dos caminhoneiros.

Agora, a industria química registrou pior resultado nas vendas internas em 30 anos, com queda de 35%. A diretora da Associação Brasileira da Indústria Química, Fátima Ferreira, explica que o processo contínuo de produção não pode parar.

“Em abril e maio nós produzimos, por exemplo, com gás natural referenciado a um petróleo Brent de  US$ 50 o barril. Meu concorrente na Europa e nos EUA produziu o mesmo produto com gás referenciado ao Brent de US$ 20, US$ 25 barril. Então essas coisas estruturais a gente precisa modificar para voltar a ter competitividade e atrair investimentos.”

Para ajudar os empresários no acesso ao crédito nos pontos de maior reclamação nesse momento, a CNI criou cartilhas online sobre as novas linhas e demais opções do mercado.

É o que explica o gerente de Politica Industrial, João Emílio Gonçalves. “É importante, realmente, a empresa conhecer porque às vezes ela está vivendo uma dificuldade que já existe um instrumento.”

“Agora, uma outra coisa muito importante que temos discutido na CNI, com nossos parceiros, com o governo e o BNDES, é a necessidade de instrumentos de garantia que foi parcialmente endereçada com a MP que criou o FGI expandido — mas que agora precisa realmente começar a operar para mitigar essa percepção de risco e ajudar a fazer esses recursos das linhas, que já existem, chegar na ponta.”

A queda da produtividade na indústria no 1º trimestre deve permanecer em abril, maio e junho ainda pelo reflexo econômico da pandemia do coronavírus. A demanda em baixa e o retorno ao trabalho com restrições sanitárias vão impactar as linhas de produção.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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