Cobradores de ônibus temem demissões com fim gradual da função
Com futuro incerto em São Paulo, o posto de cobrador de ônibus já foi extinto em 33 cidades brasileiras. Uma pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – a NTU – aponta que cinco municípios também já eliminaram o pagamento da passagem em dinheiro.
A movimentação em outros centros causa atritos entre os trabalhadores, que temem demissões, e Prefeituras e empresas, que consideram a mudança necessária.
A cidade de Vitória registrou uma greve há duas semanas em meio à implantação do sistema de bilhetagem eletrônica. A capital paulista quase passou por uma paralisação, mas a medida foi evitada com a instalação de uma comissão voltada para discutir o tema na Prefeitura.
O secretário de Mobilidade e Transportes de São Paulo, Edson Caram, diz que não pretende fazer demissões, mas parar de repor cobradores que se aposentem.
A NTU defende que a função deve ser eliminada de maneira gradual e que as cidades avancem no fim da cobrança em dinheiro da tarifa.
O presidente-executivo da associação, Otávio Cunha, considera que a extinção dos cobradores traz mais segurança. “A retirada do cobrador elimina o risco de assaltos. Quando retiramos o dinheiro, não tem motivo para o crime.”
A cidade que há mais tempo extinguiu o posto de cobrador foi Sorocaba, no interior de São Paulo, em 1992. Belo Horizonte, Campo Grande, Goiânia e Palmas são as capitais que efetivaram totalmente a mudança, segundo a NTU.
*Com informações do repórter Tiago Muniz
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