Cobrança de IPTU atrasado após enchente opõe permissionários e direção da Ceagesp
O aumento do aluguel e condomínio na Ceagesp tem provocado revolta entre os permissionários do maior entreposto da América Latina, localizado na zona oeste de São Paulo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos, Cláudio Furquim, as contas não são claras e houve reajuste em cerca de 16% no aluguel e mais de 54% no condomínio, além de despesas de rateio.
Com isto, eles decidiram pedir intervenção na administração da Companhia. “Aquilo que já estava muito caro desde o ano passado pra cá, mesmo depois da enchente deu mais esse aumento. Há uma insatisfação generalizada, uma revolta muito grande, por tudo o que está acontecendo. Como é uma empresa vinculada ao governo, pedimos a intervenção na Ceagesp.”
A queixa é geral em relação a qualidade dos serviços. O David Beloto tem o termo de permissão de uso há quase 20 anos e diz que é necessário transparência. “O condomínio aqui é muito precário. Segurança, limpeza, tudo muito precário. E a Ceagesp não dá transparência, eles jogam no boleto e a gente tem que pagar.”
O gerente do departamento jurídico da Ceagesp Christopher Rezende Guerra Aguiar indica que a área da Companhia foi aumentada, por isto houve a majoração do IPTU neste começo de ano — além de uma cobrança retroativa da prefeitura de São Paulo, no valor de R$ 10,6 milhões, montante repassado para o rateio.
A Ceagesp aponta que vai reivindicar a isenção do IPTU de 2020 na ordem de R$ 22,2 milhões devido as enchentes que atingiram as instalações há cerca de 3 semanas — causando prejuízos imensuráveis àqueles que trabalham no local.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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