COI proíbe manifestações políticas nos Jogos Olímpicos de Tóquio

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2020 09h17 - Atualizado em 10/01/2020 09h28
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Agência EFE thomas bach, bach, coi Manifestações não podem ofuscar momento de atletas, disse Thomas Bach

O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai proibir protestos ou quebras de protocolo durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, marcados para acontecer de 24 de julho a 9 de agosto deste ano.

O comunicado, desenvolvido pela comissão de atletas da entidade, destaca que os competidores não poderão exibir qualquer tipo de mensagem que possa ser interpretada como política. Estão vetados cartazes ou pulseiras; gestos de natureza não esportiva, como algum sinal com as mãos; e ajoelhar-se ou recusar-se a seguir os rituais das cerimônias.

Na semana passada, o presidente do COI, Thomas Bach, já havia adiantado que as autoridades olímpicas não permitiriam tais manifestações. Segundo ele, há a necessidade de respeitar os outros atletas e seus momentos de glória, e não tirar a atenção disso de nenhuma forma; tanto nas áreas de jogo, na Vila Olímpica ou durante as cerimônias oficiais, a fim de assegurar a dignidade da competição sob o risco de estar destruída para todos os atletas.

O COI afirma ainda que aqueles que quebrarem as normas estarão sujeitos a medidas disciplinares, embora não esteja claro quais poderão ser. A intenção do Comitê é evitar repetição de protestos que aconteceram em eventos esportivos recentes.

Dois atletas norte-americanos foram advertidos pelo comitê olímpico do país por incidentes nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano passado. O esgrimista Rance Imboden se ajoelhou durante a execução do hino, e a arremessadora de martelo Gwen Berry ergueu o punho em protesto.

Também em 2019, nadadores da Austrália e do Reino Unido se recusaram a subir ao pódio do Mundial de Natação com o chinês Sun Yang, acusado de estar envolvido em episódios de doping.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, o etíope Feyssa Lilesa, medalhista de prata na maratona, cruzou a linha de chegada com os pulsos cerrados e erguidos em formato de X, sinal de apoio aos protestos por liberdade em uma região do sua nação.

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