Com 14 casos suspeitos, Brasil não vai trazer de volta quem apresentar sintomas de infecção

  • Por Jovem Pan
  • 04/02/2020 06h23 - Atualizado em 04/02/2020 09h46
EFE/EPA/RUNGROJ YONGRIT No momento 55 brasileiros estão em Wuhan, que está isolada por conta do grande número de casos

O governo brasileiro ainda não sabe quando os brasileiros que estão em Wuhan, na China, serão retirados daquele país.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que primeiro o governo vai reconhecer a declaração da OMS de emergência sanitária para facilitar a contratação de serviços, editar a MP que vai regulamentar o período de quarentena e aí sim cuidar dos detalhes do voo que irá até a China.

Assim que desembarcarem no Brasil eles deverão ficar cerca de 18 dias em quarentena. O governo avalia utilizar bases militares em Anápolis, Florianópolis ou no Nordeste. No momento 55 brasileiros estão em Wuhan, que está isolada por conta do grande número de casos. Quarenta deles pretendem voltar e 14 já avisaram que não querem. Uma pessoa ainda estaria em dúvida.

O ministro explicou porque só os brasileiros da região serão resgatados. “Quem está fora de Wuhan tem direito de ir e vir. O problema da cidade é a quarentena determinada pela China. Somente aquela província ali.”

Ainda segundo o ministro, as regras de embarque também estão sendo definidas, mas quem tiver qualquer tipo de sintoma — como febre ou coriza por exemplo — não viaja. A preocupação se justifica uma vez que o Brasil ainda não registrou nenhum caso da doença. O último balanço do Ministério da Saúde aponta 14 casos suspeitos no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, e Santa Catarina.

Nesta segunda-feira (3) foram descartados outros 13 casos que estavam sendo investigados.

Na próxima quinta-feira (6), secretários de Saúde estaduais e das capitais estarão em Brasília para discutir formas de preparar todos os estados para a possível chegada do vírus. O ministro ressaltou que é importante nesse momento aumentar a higiene.

Segundo o ministro, no entanto, atualmente o risco de se morrer de dengue, sarampo ou febre amarela, no Brasil, é muito maior do que o de se contrair o coronavírus.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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