Com apoio de Zema, Castro e Garcia, Bolsonaro procura evangélicos e pede ajuda para ‘virar votos’
Presidente afirmou que Lula é mais que um adversário político, mas um ‘inimigo de tudo o que há de bom na pátria’
Na última terça-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, participou de um encontro com lideranças religiosas e também de um culto na capital paulista. Ele falou para fiéis de duas igrejas da Assembleia de Deus ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O mandatário também esteve acompanhado do senador eleito Marcos Pontes (PL), do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e do candidato ao governo do Estado Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na primeira visita, a uma igreja no Belenzinho, zona leste de São Paulo, a primeira-dama falou antes do presidente e pediu que os presentes conversassem com quem ainda não sabe em quem votar. Já o pastor José Wellington pediu que os fieis convençam seus parentes nordestinos. Bolsonaro seguiu a mesma linha: “Tivemos uma derrota grande no Nordeste, mas a culpa não é do povo nordestino. Lá, eles foram administrados por, pelo menos, 20 anos pelas pessoas desse partido político. Por isso é uma situação difícil que muitos deles se encontram. Não queremos piorar a situação de ninguém. Em alguma capital do Nordeste, eu ganhei, a capital das Alagoas. É um sinal de que existe gente que está do nosso lado”, declarou. Bolsonaro afirmou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mais que um adversário político: “Uma pessoa que busca, agora, uma eleição aqui no Brasil, que é o nosso… não adversário político, mas um inimigo de tudo o que há de bom na nossa pátria”.
Ainda no discurso, Bolsonaro contou que adquiriu uma rotina de orações: “Eu tenho uma quase rotina, que comecei há três anos, orientado por uma liderança evangélica, que tem dado certo. E, com mais fervor, eu tenho exercido nos últimos dias essa rotina, toda manhã, depois de levantar, dobrar os joelhos, fazer um ‘Pai Nosso’ e fazer um pedido. O meu pedido é de que o nosso povo, um dia, não venha a sofrer as dores do comunismo”, disse. No mesmo dia, pela manhã, Bolsonaro recebeu o apoio de lideranças políticas do Sudeste: o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e dos governadores do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Enquanto o encontro com Zema foi em Brasília, Bolsonaro esteve com Garcia em São Paulo, no aeroporto de Congonhas. Pelas redes sociais o presidente também recebeu o apoio do ex-juiz Sergio Moro (União), que foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro até 2020, e do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) – ambos ligados à operação Lava Jato.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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