Com arrecadação em baixa, subsídios a setor de gás, petróleo e carvão são questionados
Sem os subsídios concedidos a produção de combustíveis fósseis, o governo poderia ter arrecadado R$ 22,8 bilhões no ano passado. No total, foram R$ 85 bilhões em facilitações para o setor de Petróleo, Carvão e Gás.
O cálculo do Instituto de Estudos Socioeconômicos aponta que 73% dos incentivos fiscais foram direcionados para o consumo desses materiais. Os outros 23% foram direcionados à produção, somando o montante de 22 bilhões e 890 milhões de reais.
A coordenadora da assessoria política do Inesc questionou a necessidade desses subsídios. Segundo Nathalie Beghin, a retirada das facilitações poderia ser benéfica para o governo e também para o meio ambiente. “Esse valor ainda representa um pouco mais de 1% do PIB e algo em torno de 6% da arrecadação”, disse Beghin.
Os combustíveis fósseis são os principais responsáveis pela emissão de dióxido de carbono, o gás que mais contribui com o efeito estufa. No começo dessa década, 47% das liberações de CO2 na atmosfera vieram do setor de energia. Desse total, 96% das emissões foram geradas a partir da queima de combustíveis fósseis, principalmente de transportes.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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