Com curva achatada e sem colapso na saúde, Ribeirão Preto começa a liberar comércio

Rodney Costa/Estadão Conteúdo Ribeirão Preto tem 259 casos confirmados de coronavírus e sete mortos, o que indica uma incidência de letalidade de uma pessoa a cada 700 mil

A cidade de Ribeirão Preto anuncia a liberação gradual do comércio e de serviços a partir desta terça-feira (28) após isolamento por conta do novo coronavírus. De acordo com o prefeito Duarte Nogueira, isso só foi possível porque a curva foi achatada e o sistema de saúde não colapsou.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Nogueira detalhou o plano de reabertura do comércio, que deve se estender até 8 de junho. “Nós manteremos as restrições de distanciamento e as regras por área econômica até o dia 11. A data coincide com as restrições já em vigência do próprio governo estadual.”

“Depois vamos cadenciar as adequações a cada duas semanas. Dia 11 pretendemos adequar comércios com lojas de até 800m², com densidade de ocupação de uma pessoa a cada 10m². Shopping e lojas maiores devem ser abertos a partir de 25 de maio. Por fim, parques, igrejas e ciclofaixa só devem funcionar em 8 de junho.”

Duarte Nogueira ressaltou que ainda assim será estimulado o uso de máscaras, água, sabão e álcool em gel. Já as escolas devem ficar fechadas pelo menos até o dia 31 de maio, podendo avaliar a reabertura a partir do mês de junho.

Ribeirão Preto tem 259 casos confirmados do novo coronavírus e sete mortos, o que indica uma incidência de letalidade de uma pessoa a cada 700 mil habitantes.

“Estamos com leitos de UTI com uma ocupação de mais ou menos 20%, temos EPIs para profissionais de saúde para mais de 30 dias em estoque e a nossa curva se mantém linear, estável e sem grandes surpresas”, contou. A capacidade de realização de testes também é avaliada como “tranquila” pelo prefeito.

Segundo Duarte Nogueira, os indicadores de leitos, testes e positivos são monitorados diariamente para verificar o nível de segurança e estabilidade epidemiológica.

O decreto de calamidade pública e as decisões de isolamento foram determinadas da cidade antes do governo Estadual se posicionar. De acordo com Nogueira, a população entendeu de prontidão — o que tornou possível o afrouxamento das medidas de quarentena.