Com diminuição nos casos suspeitos de coronavírus, Saúde pede atenção com sarampo

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2020 06h23 - Atualizado em 11/02/2020 08h10
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GESP Segundo Mandetta, o sarampo gera uma preocupação extra com o novo coronavírus

O governo tem como meta vacinar 3 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos contra o sarampo. A campanha, que começou nesta segunda-feira (10), vai até o dia 13 de março nos postos de saúde. Só neste ano já são 202 casos da doença no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, e quase 3/4 estão na região Sudeste.

No ano passado, mais de 18 mil pessoas contraíram o sarampo no país, com 15 mortes — 14 delas no estado de São Paulo e 1 em Pernambuco. Ambos os estados já registraram casos em 2020 — assim como Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, mas sem vítimas fatais.

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alerta que alguns estados ainda estão com vacinação insuficiente. “Que mesmo a gente tendo falado ano passado, tem Estados com casos aumentados de sarampo, como: Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Piauí.”

Segundo Mandetta, o sarampo gera uma preocupação extra com o novo coronavírus. Para ele, caso a nova doença chegue ao Brasil, o ideal é que outros surtos estejam controlados, pois eles ajudam a baixar a imunidade do organismo — facilitando a contaminação pelo coronavírus.

Mandetta destaca o alto índice de transmissão do sarampo. “O vírus do sarampo, cada paciente contamina 18. Do coronavírus, mais ou menos 1.1. O sarampo é quase 18 vezes mais transmissível.”

Coronavirus

O número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil vem caindo: chegou a 15 na semana passada, eram 11 no fim de semana e agora são 7: três em São Paulo e um em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Não há nenhum caso confirmado até aqui.

O ministro Luiz Henrique Mandetta considera a queda natural, devido a medidas de precaução tanto na China, como a limitação da circulação de pessoas, como no Brasil. Mas disse que o alerta de emergência tem que continuar para quando a situação se normalizar.

“Isso não vai se manter indefinidamente, a vida volta ao normal. Precisamos ficar vigilantes até que exista a vacina ou algo do gênero.”

De acordo com o Ministério da Defesa, os brasileiros repatriados da China continuam sem sintomas do coronavírus no segundo dia de quarentena, em Anápolis, interior de Goiás.

Eles passam por três avaliações diárias e nesta segunda, foram explicados sobre os procedimentos para caso algum deles tenha sintomas da doença. O grupo fica no local até o dia 26 de fevereiro.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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