Com dissidentes do PSL, novo partido de Bolsonaro faz primeira convenção nesta quinta

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2019 06h47 - Atualizado em 21/11/2019 07h45
Carolina Antunes/PR A previsão é que entre 23 e 30 deputados façam a migração do PSL para o Aliança Pelo Brasil

O futuro partido do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança Pelo Brasil, faz, nesta quinta-feira (21), a sua primeira convenção em Brasília. A legenda, que também começa a coletar assinaturas hoje, vai abrigar, além do chefe do Executivo, parte da bancada do PSL no Congresso Nacional.

Os mais otimistas da ala bolsonarista creem que até 30 dos 53 deputados podem fazer a migração. Os mais conservadores falam em 23.

Os membros do Aliança Pelo Brasil vão ter que correr contra o tempo para que o partido dispute as eleições municipais do ano que vem: para que isso aconteça, o prazo é concluir a fundação até abril.

Nunca uma legenda foi criada tão rapidamente. Apesar disso, o líder do governo na Câmara, deputado Major Vítor Hugo, mostra otimismo. “A partir da manifestação do próprio presidente, dos seus filhos, que tem redes sociais muito potentes e também de todos os deputados federais e senadores que vão apoiar essa criação, muito rapidamente vamos ter o apoio necessário para que o partido seja criado o mais rápido possível, disse.

No momento, 21 deputados respondem a processos no Conselho de Ética do PSL pelos recentes embates com a direção do partido, presidido pelo deputado Luciano Bivar. Eles alegam que têm sofrido perseguição política dentro da legenda.

Vítor Hugo confirma que o argumento vai ser usado na Justiça Eleitoral, caso sejam acusados de infidelidade partidária. “Vai ser comprovado na Justiça a partir de todas as ações que foram feitas aqui, de retirada de deputados das comissões nas vésperas de votações importantes, de orientações contrárias ao posicionamento do governo. Então todas essas ações mostraram muito claramente uma perseguição política”, garantiu.

A tendência é que Bolsonaro, que deve fazer um discurso no evento, seja confirmado como o presidente do Aliança Pelo Brasil. O mais cotado para a vice-presidência do partido é o filho dele, o senador Flávio Bolsonaro.

*Com informações da repórter Levy Guimarães

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