Com material escolar de 10% a 13% mais caro em 2023, especialista dá dicas para economizar
Segundo o educador financeiro Thiago Martelo, comércio vive espécie de inflação antecipada por medo de elevação de taxas no decorrer do ano em função do estouro do teto de gastos do governo federal
No início de 2023, os consumidores tem se deparado com preços muito mais elevados dos materiais escolares do que em 2022. O educador financeiro Thiago Martelo explica que a situação ocorre por uma espécie de inflação antecipada: “A gente está com uma inflação, vinda do ano passado, ainda alta. Depois deu até uma abaixada. Mas, agora existe uma expectativa de inflação mais alta no próximo ano, por conta do teto de gatos do governo, que já disse que vai estourar, e essas empresas têm que faturar agora, que é o momento deles. Então, infelizmente, a gente está falando de uma inflação gerada por medo. O que acaba colocando esses preços, desde já, nos produtos, com a possibilidade de ter uma inflação no meio do caminho”, diz.
O cenário não é uma surpresa, como comenta o consultor Roberto Rigaldi: “Não, jamais em janeiro, lá para março, talvez, a gente encontre alguma boa promoção. Se tiver alguma coisa mais barata agora, é uma coisa ou outra, mas o essencial, que o aluno realmente precisa está difícil”, diz. Mesmo com os materiais escolares estando cerca de 10% a 13% mais caros em 2023, a expectativa Ondamar Ferreira, gerente de uma loja na rua 25 de Março, é de vender mais neste ano. “Eu acho que o otimismo vem por diversas coisas. Uma é o auxílio que o governo está dando, que estimula demais as nossas vendas. Outra coisa é que os clientes estão mais otimistas, estão procurando itens de valores agregados maiores, deixando um pouco de lado os similares e levando produtos licenciados”, pontua
A dica dos especialistas para evitar gastos desnecessários é, antes de ir às compras, verificar o que é realmente necessário e se é possível reutilizar materiais escolares do ano que se encerrou. “É preciso colocar quais são as prioridades, ou seja, o que eu tenho que ter impreterivelmente no começo do ano e outras coisas que posso comprar no decorrer do ano. Mais do que isso, tentar reaproveitar o material do ano passado, tem coisa que não gasta de um ano para o outro. Por exemplo, mochila. Se o aluno cuidou bem, no outro ano dá para reaproveitar. É sair da caixa e usar bastante a inteligência para tentar minimizar o custo ou investimento com o material escolar”, diz o educador Thiado Martelo.
*Com informações do repórter David de Tarso
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