Com nova fase do Open Banking, dados de clientes só devem ser compartilhados com autorização

A partir desta sexta-feira, 13, os clientes já podem permitir o encaminhamento das suas informações para outras instituições

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2021 10h57 - Atualizado em 13/08/2021 18h04
Alizée Baudez/Unsplash Mudança de hábitos de consumidores de diferentes classes sociais pressiona vendas online de eletroeletrônicos em 2021 Os dados bancários de cada pessoa só poderão ser compartilhados com outras instituições bancárias mediante autorização

O Open Banking, uma inovação no sistema bancário brasileiro, entra nesta sexta-feira, 13, em mais uma fase de operação. Esse novo modelo que está em implementação no país deve modernizar a tradicional relação que o brasileiro tem com os bancos, explica o especialista em direito empresarial, Marcelo Godke. “Para um banco oferecer crédito, ele precisa de informações. Sem essas informações, ele não consegue oferecer crédito de maneira adequada. O que o Open Banking faz, isso já com base na Lei Geral de Proteção de Dados, é pegar aquela informação e retirar a propriedade daquela informação, que antes era da instituição, passa a ser de quem se refere. Ou seja, a minha informação pertence só a mim”, pontua. Os dados bancários de cada pessoa só poderão ser compartilhados com outras instituições bancárias mediante autorização. E a regra começa a valer a partir desta sexta. Com isso, os clientes já poderão permitir o encaminhamento de informações. Desta forma, outros bancos poderão oferecer serviços como crédito por taxas mais competitivas, sendo possível até contratar serviços em diferentes bancos.

Marcelo Godke avalia que o modelo vai gerar concorrência, o que é positivo para a população, mas também pode ser uma oportunidade para as instituições. “É uma oportunidade, os bancos mais eficientes vão atrair mais clientes, então essa seria a ideia, vamos ver quem vai conseguir ser mais eficiente nesse mercado”, afirma. O Open Banking faz parte da agenda de reformas do Banco Central com objetivo de deixar o sistema financeiro nacional mais moderno e eficiente. O chefe do departamento de regulação do sistema financeiro do órgão, João André Pereira garante a segurança do fluxo de informações. “A gente está fazendo tudo isso dentro do sistema financeiro. O sistema financeira é onde está a poupança das pessoas, é onde temos informações sensíveis, tudo isso protegido por sigilo bancário. Então é importante que todo esse processo seja seguro e é dessa forma que a gente está tratando”, ressalta. O modelo deve estar em pleno funcionamento até dezembro.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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