Com “olhar de fora”, Meirelles diz que acordo com caminhoneiros não compromete ajuste fiscal

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2018 10h47 - Atualizado em 05/06/2018 11h13
Derek Flores/Jovem Pan “Foi cortado dentro da meta, e série de cortes de outras despesas, visando fazer com que a meta fosse cumprida", disse Meirelles

Durante os dez dias de paralisação dos caminhoneiros no País, passou a surgiu nas redes sociais a hashtag #ChamaOMeirelles. Entretanto, o agora ex-ministro da Fazenda e pré-candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, já não fazia mais parte do Governo Temer e, portanto, não atuou na situação como “negociador”.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Meirelles disse não ter participado das decisões para o fim da greve dos caminhoneiros, que interrompeu fornecimentos de diversos produtos e insumos em todos os Estados: “eu não participei das decisões, não estava lá. Enquanto estava lá, sei como, por qual motivo e quando foram decididos. Então não posso justificar o que foi feito agora. O partido (MDB) pode ser cobrado. Objetivamente eu não estava lá para aquelas decisões”.

Com o olhar de “alguém de fora”, o ex-ministro disse que de fato foram cortados alguns impostos, mas negou que o que foi negociado pelo Governo comprometa o ajuste fiscal.

“Foi cortado dentro da meta, e série de cortes de outras despesas, visando fazer com que a meta fosse cumprida. Isso não estraga o trabalho feito. Foi cortado do combustível, mas compensado em outras áreas. O importante é que a crise deveria ser resolvida, não poderia continuar, foi resolvida e do ponto de vista do país é importante”, explicou.

Para Meirelles, o importante foi a resolução da crise. Em solução, a proposta do ex-ministro foi a da criação de um fundo de estabilização do preço do combustível, de modo que quando os preços caem, os recursos iriam para este fundo, que balancearia em outro momento quando, eventualmente, os preços subissem.

Confira a entrevista completa com o pré-candidato à Presidência pelo MDB, Henrique Meirelles:

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